Enquanto não te acostumo com meus defeitos vou
te viciando no meu sorriso, como se eu fosse mansa e não tivesse a pretensão de
preencher seus dias com as minhas bobagens. Enquanto não te tenho mais perto
vou calando minhas curiosidades te sondando em outros ares. Ah Moreno, tenho te
desejado por tanto tempo que virou hábito acordar e querer saber de ti, dos
seus passos, das suas implicâncias ou de deboches tão bem moldados. Mas esses
passos miúdos andam me incomodando, gerando em mim uma ansiedade nada corriqueira.
Há limites invisíveis tão bem delimitados fixados em você que às vezes me
pergunto se não fui eu quem os preguou ali por pura covardia. Mas acho que
excedemos o tempo limite para escrever essa historia, acho que só nos sobraram
os registros das entrelinhas ou os quilos ganhados engolindo as frases que não
foram ditas. Migramos em sentidos contrários. Correntezas opostas não fazem
moinho girar.
Ignições são imprevisíveis. O tempo nosso é tão individual...
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