Hoje
quis lhe contar da minha saudade e de como eu precisava do calor do seu abraço
por um dia inteiro. Queria a sua paz, a sua calma me envolvendo. E só pensei em
te contar as minhas aflições, talvez você entendesse ou talvez me acusasse, mas
só queria que soubesse. Acordei pensando
em você e desejei ter decorado seu horário de pausa prum café para te ligar e
falar nada com nada, perguntar se chovia quando acordou e se isso te atrasou
para o trabalho ou se no domingo estará livre porque estarei na cidade e tenho
saudades. Quem sabe eu lhe faça rir por dois minutos e a minha breve ligação te
faça bem, talvez as próximas horas de trabalho sejam menos pesarosas. Aqui há
tantas coisas que me remetem a você, um rio delas, mesmo sendo nós tão carentes
de momentos a sós e lembranças. Passei a
manhã rodeando o celular, mas não tive coragem. Na verdade, tive medo de te
entediar ou aborrecer seu dia com minhas bobagens e com isso me
entristecer. Te lembrei em música e
arrastei a cantoria pelo dia, cantando ausência e vontades. Abracei o
travesseiro, fechei os olhos e pensei em você, mas não bastou, não dessa vez.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Recital de Belezas
Sempre gostei de pessoas que são
fieis aos seus sentimentos, que se entregam sem pudor ou censuras. Gosto do tom
de lealdade que advém dos carinhos nada comedidos e da busca constante pelo
outro. Lealdade aos seus desejos, a seus quereres, ao seu sentir. Você
transborda toda essa liberdade de ser e fazer o que se quer. Destemido na
entrega e imoderado no cuidado, vai fazendo da sua presença uma doce rotina. Transparente feito vidro, reflete do sal da pele
a amargura diária. Tem esses olhos tão bonitos que me veem de modo tão singelo
que nem me importo deles pousarem em mim por um longo tempo. Um olhar tão
benevolente de mim, que até meus erros são mais perdoáveis e meu jeito arredio
é motivo de excitação. Quebra a seriedade da noite ligando com uma piada na
manga pra ficar do outro lado me ouvindo gargalhar por dez minutos. Curioso com
as experiências que tive antes das nossas vidas se cruzarem, querendo ser
sabedor dos meus caminhos, das minhas dores, do meu pesar, do sexo que recusei
e dos homens que amei. Garoto da rua ao lado preenchendo meus dias em frente ao
mar e me ensinando a leveza de se apaixonar.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Tributo ao Passado
Norte, leste ou oeste, era
inverno, e eu não me recordo de qual direção veio tal ventania que me estremeceu.
Mal me dei conta do que me afetara, o frio era de medo, mas o amor era quente
como leite que tomamos com mel para espantar o resfriado. Vivi desse ar por
anos, mas não vivi só disso, porém fui feliz em partes e como o todo. Até que
não era mais. Descrente do destino, me apeguei a propósitos. Como se houvesse
motivos divinos pra chegada e saída. Como se me cortejasse presentes e depois
me privasse, testando-me sobre a dor. Nunca
fomos somas, éramos junção de correntes e num repente se dirigem pra polos opostos.
Detalhes tão vivos impregnados em minha mente por vezes me traem e me
desconcertam. Sorrio terna pelo usufruto
dessa vivência. E é seca a minha lagrima
de não arrepender-me de abandonar meu eu pra viver pro seu. Mas desde então, eu
não soube mais o que é amar...
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Entrelinhas
Cá estou eu sentada nas suas entrelinhas tentando
decifrá-las. As pergunto se elas são minhas ou de um outro alguém perdido no
seu olhar e ouço como resposta um silêncio de incertezas. Vago perdida de linha
em linha, tentando me achar nas rimas. Tento achar nos versos seus a vontade de
me ter e só me ter e se satisfazer com o meu amar. Desdobro os versos, mudo as
linhas de lugar só pra que eu me veja estampada em palavras na sua poesia. E a
minha vontade é que elas sejam minhas, todas as suas entrelinhas...
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