quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ceder

Amanheceu cheirando chuva e enquanto despertava de um sono sereno me senti nos seus braços, seus lábios levemente beijar minha testa e suas mãos firmes deixando minhas costas para livrar o meu rosto de toda bagunça de cabelos. Poderia até jurar que ouvi seu coração batendo lento, calmo por me ter nos braços. Mas ao esfregar os olhos me distanciei de toda sensação da sua presença. Levantei tateante para ver se havia vestígios que você passara a noite aqui, mas era só a imaginação se materializando em sentidos. Então me deu uma vontade enorme de te ligar com a voz rouca e dizer que sonhei com você, sorrir tímida e te desejar bom dia. Quem sabe, talvez, te propor uma noite nossa com todas as sutilezas estendidas sobre a cama. Sussurrar que não me importo com títulos, tampouco com a minha desproteção. Porém duelo com a contradição, não quero te esperar mais ou ir sem garantias e nem cobrar sua vinda. Impaciente é meu corpo que aguarda o dia em que festejaremos a entrega.

5 comentários:

  1. Que delícia de texto! Me descreveu agora ;). Ameiiiiii
    Parabéns, vc é sensacional!!!
    bjossssss

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  2. Nem preciso dizer que eu adoreii!!

    parabens sua linda.
    beeijo amiga

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  3. Um dos melhores que já li aqui. Sutil, urgente, lascivo, mas tenro.

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  4. Ana, vc esta cada dia mais linda poeticamente. Bjsss.

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  5. Nossa, a poucos dias tive um sonho assim. É uma sensação maravilhosa no início, mas quando a presença se faz ausência, é triste. Lindo texto!

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