terça-feira, 9 de julho de 2013

Saber a pouco


Queria que desaprendêssemos de um tanto de malicias. Merecíamos certa inocência juvenil, para que fossemos ingênuos em tentar nos negar e eufóricos na entrega. Mas não há como negar o saber quando se aprende com a dor. Escondo os meus receios da maneira que posso, descubro os seus num descuido ótico. E sorrio para cada defeito seu que chegam as margens, rezando para que percebas que essa perfeição fingida é o que me inibe e me limita. Sinto uma vontade louca de te beijar sempre que vejo seus deslizes escorrendo pelos lábios, para que sinta no meu salivar a excitação pelo que é livre. Já nem sei mais se nos cabe tentar, mas carrego no peito a grandeza do nosso convívio.  Mantenho saudável a nossa perenidade, para te pintar na memoria a luz de outra estação, nos sabores de outras cidades e na descoberta de uma nova canção.

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