Nunca acreditei em destino, roteiros
de vida, martírios como ensinamentos e toda essa balela que nos pregam para nos
acomodar, viver de espera. Guerreei em busca da minha vivencia ideal, travei
batalhas e só me sobrou o cansaço. Sei lá qual o domínio o destino tem sobre
nós, mas o reverencio, ele me parece incansável. Cansei de tentar me fazer
entender, de ter que me explicar o tempo todo, distribuindo “porquês” das
minhas vontades, dos meus sonhos. Nunca foi fácil, mas não sou de reclamar. Só
tenho me sentido pequena diante do que planejei ser e isso me dói. Travo uma
luta diária para exercitar o perdão a mim. Mas não me falta força. Não sou de
fraquejar, sou de embates cara a cara, meus medos têm nomes e casas.
Desculpe-me o pequeno desabafo, mas nem tenho direito o que pedir, só queria um
pouquinho de atenção nessa véspera. Mas para não perder o costume, peço bênçãos
para os meus e para mim um pouco mais de fé na vida, um pouco mais de fé em
mim.
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