quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tributo ao Passado


Norte, leste ou oeste, era inverno, e eu não me recordo de qual direção veio tal ventania que me estremeceu. Mal me dei conta do que me afetara, o frio era de medo, mas o amor era quente como leite que tomamos com mel para espantar o resfriado. Vivi desse ar por anos, mas não vivi só disso, porém fui feliz em partes e como o todo. Até que não era mais. Descrente do destino, me apeguei a propósitos. Como se houvesse motivos divinos pra chegada e saída. Como se me cortejasse presentes e depois me privasse, testando-me sobre a dor.  Nunca fomos somas, éramos junção de correntes e num repente se dirigem pra polos opostos. Detalhes tão vivos impregnados em minha mente por vezes me traem e me desconcertam.  Sorrio terna pelo usufruto dessa vivência.  E é seca a minha lagrima de não arrepender-me de abandonar meu eu pra viver pro seu. Mas desde então, eu não soube mais o que é amar...

Um comentário:

  1. "O preço que se paga às vezes é alto demais, é alta madrugada já é tarde demais pra pedir perdão..."

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