Assim que pus os olhos em você,
soube que te queria de forma permanente na minha vida. Sempre tive em mente que
não seriamos amantes por muito tempo e que a amizade é que se perpetuaria. Mas quis
em excesso os seus beijos, os seus carinhos mais íntimos e sua dedicação. Para
te ver entregue percorri um caminho muito longo, e de tão longo perdi o foco e
achei um sentimentalismo desnecessário. Sim, fantasiei demais. Inventei que
tinha uma importância para você que não tenho, não vejo isso nos seus gestos. Já
não tenho mais a pretensão de insistir e de persistir nessa historia. Isso me
assusta, toda essa intensidade que não deveria estar aqui, essa inconstância,
essa falta de liberdade de dizer o que se sente e o que se faz sentir.
Absolvo-te de qualquer culpa. Mas te abandono em mim porque não sei viver em dissonância.
Gostei demais! Arriscaria a falar que descreveu bem coisas que vivi nos últimos tempos, em um passado próximo. Muito bom, em especial essa linha final: Absolvo-te de qualquer culpa. Mas te abandono em mim porque não sei viver em dissonância.
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